terça-feira, 17 de maio de 2011

My Way


         Guarabira   14/05/2010



Capítulo 5481 




            Ontem tive um sonho...
            Nele eu caminhava em ruas turvas e molhadas pela chuva.


            Não tinha ninguém por perto e estava escuro. 
            Sobrepostas nas paredes das ruas eu vi cartazes de capítulos de minha vida...
            Continuei a andar e relembrar enquanto observava aquelas imagens, e aos poucos a nostalgia foi tomando conta de mim.
            Eram cartazes como os de filmes, com uma foto principal contendo uma breve sinopse do que ocorrerá...
            Pude ver entre os cartazes momentos felizes e tristes de minha vida.
            Não demorou muito até que comecei a chorar enquanto percorria as ruas.
            Vi toda a minha infância passar dando apenas 16 passos. E logo fui revelando dentre os cartazes encontrados nas paredes, o meu futuro.
            Vi-me amadurecer com mais alguns passos. Vi coisas que não queria ver e outras das quais nunca imaginaria que poderia acontecer. E chorei ainda mais...
            Meu coração apertava ao mesmo tempo em que uma neblina ia surgindo com o cair de minhas lagrimas ao chão. E com um enorme medo, continuei a observar os cartazes.
            Vi surgir novas amizades... Novos amores. Vi decepções e até mesmo mortes. Momentos de pura angustia e outras de pura felicidade eu haveria de vivenciar. Me vi envelhecer e dentro de um dos cartazes me vi dentro de uma nova família. Os mais variados sentimentos tomaram conta do meu corpo dados 60 passos. E já vendo o fim dos cartazes assim como o da rua turva que se seguia me senti orgulhoso. Eu haveria de Sofrer, chorar e ferir-me, mais eu não haveria de desistir. E novamente eu chorei!
            Continuei a andar e a rua logo foi desaparecendo assim como os cartazes... A pequena neblina havia tomado conta de tudo e eu estava agora em um grande espaço vazio, escuro e molhado. Começou a chover e neste ponto eu já não sabia mais o que esperar. Com medo continuei a caminhar na chuva.
            Andei com cuidado por causa da neblina, até enxergar uma coisa no meio daquele deserto. Fui então ao seu encontro e enquanto me aproximava ia sentindo uma enorme dor apertar meu peito. Sem ar e com a garganta seca, fui me aproximando e reconhecendo o que seria o objeto. As lágrimas vêm ao meu encontro novamente e logo estou eu, postos de joelhos na frente de uma Pequena Lápide. Ainda chorando li o que estava escrito enquanto uma forte luz verde surgia por detrás de mim.
            Em palavras tremulas eu pronunciei em voz alta o meu nome completo seguido da Data de minha morte. E sorrindo mesmo com o rosto repleto de lágrimas eu li a ultima frase que estava posta ali quase apagada pelo o tempo...
Estava escrito “Carpe Diem”!
            "Até o fim..." Eu pensei...
            Em seguida a forte luz que surgiu por detrás de mim, tomou conta de todo o lugar e eu acordei com o rosto coberto de lagrimas. Abracei com força o travesseiro e fiquei ali chorando durante alguns minutos... Depois fechei os olhos e agradeci a Deus!

“Eu vivi uma vida que foi cheia. Viajei por cada uma e por todas as estradas e mais, mais que isso eu fiz à minha maneira... Eu fiz do meu Jeito!"


 Meu Jeito
E agora que o final está próximo
Então eu encaro a cortina final
Meu amigo, vou dizer claramente
Vou relatar meu caso, tenha certeza
Eu vivi uma vida que foi cheia
Viajei por cada uma e por todas as estradas
E mais, mais que isso
Eu fiz do meu jeito.
Arrependimentos, tenho poucos
Mas então, de novo,
Poucos demais para mencionar
Fiz o que tinha de fazer
E fui até o fim, sem exceção
Planejei cada curso projetado
Cada passo cuidadoso do percurso
Oh, e mais, muito mais que isso
Eu fiz do meu jeito.

Sim, houve vezes, eu sei que você sabe
Que abocanhei mais do que podia mastigar
Mas apesar de tudo quando havia dúvida
Eu comia e cuspia
Enfrentei tudo e me mantive no alto
E fiz do meu jeito
Eu amei, eu ri e chorei
Tive minhas falhas, minha parte perdida
E agora as lágrimas cessaram
E acho tudo tão incrível
Pensar que fiz tudo isso
E posso dizer sem me acanhar
Oh, não, eu não
Eu fiz do meu jeito.

O que é um homem, o que ele tem
Se não for a si mesmo, então ele não tem
Que dizer as palavras que sente
E sim as palavras que ele exprime
O registro mostra que tomei fôlego
E fiz do meu jeito
O registro mostra que tomei fôlego
E fiz do meu jeito

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